segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Antepasto

Caríssimos leitores,

Esse é um blog de receitas, mas a finalidade delas é única e exclusivamente comprar o afeto de alguém. Do seu flerte, dos pais, da sogra, dos filhos. É uma comida deliciosamente chantagista. Uma chantagem às vezes calórica, mas sempre do bem!

Tudo começou na minha infância. Gordinha e com um cabelo pavoroso, meus trunfos estavam sempre guardados na lancheira: pães feito em casa com patês, danoninhos, brigadeiros moles. Oferecer meu lanche em troca da amizade era tiro e queda!

E fui me especializando nisso: aprendi a cozinhar ainda adolescente, a escolher um vinho razoável (e só razoável, porque depois de adulta nunca tive dinheiro pra sair desse naipe), a oferecer almoços e jantares para os melhores amigos. Sempre foi uma maneira prazerosa de fidelizá-los.

Foi assim com o primeiro namorado sério - que lisonjeiramente me acusa de tê-lo feito voltar-se contra a comida de sua mamãe, com o cara que não queria nada além de uma relação casual - que acabou com uma aliança na mão esquerda, com o pai brabo, a mãe magoada, a irmã apaixonada, a sogra convalescente, o filho proto pré-adolescente, a amiga de paladar mais exigente.

E assim caminha minha chantagem. E assim também meu pânceps se desenvolve (fico tristíssima com a perspectiva de ter uma alimentação parecida com a dos animais do zoológico).

Gostaria, então, de compartilhar com vocês minhas experiências caseiras.

Algumas premissas: a coisa em geral tem de sair rápido, tem que ser colorida e tem que render bastante. E, essencialmente, tem de ser algo confortável (sorry, mas não tenho um talento gourmet e menos ainda pra uma cozinha com correção). Tento, na maioria das vezes, fazer coisas mais leves. Mas meu fraco são os carboidratos (vocês verão na sequência).

É isso. Aproveitem, participem!

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